terça-feira, 25 de março de 2008
Curiosidades
«A agricultura está a morrer» Vila Pouca de Aguiar
Nos anos cinquenta do século passado enquanto milhares de portugueses optavam pela emigração várias famílias aceitaram o desafio de colonizar as zonas mais desérticas do Portugal continental.
segunda-feira, 24 de março de 2008
a minha aldeia
A aldeia onde eu nasci;
Quando triste penso nela,
É pequenina, mas bela.
Trago a alma cheia dela...
O coração lá prendi...
É pequenina, mas bela,
A aldeia onde eu nasci.
Emídio Sarmento Borges «Sombras e Claridades, Poemas»
sexta-feira, 21 de março de 2008
Hoje é dia de fazer o Folar
O folar é uma espécie de bolo sem açúcar e com carnes cuja receita passa de geração em geração. Cozido em formas geralmente de Barro, rectangulares, que lhe dá uma textura e sabor muito particulares. Para além da farinha, ovos e azeite, também constam carne de porco, enchidos.
A tradição manda que, no dia de Páscoa, toda a gente tenha Folar em casa!
quinta-feira, 20 de março de 2008
Quinta-Feira Santa
Às pessoas da aldeia reunem-se na capela e vão rezar o terço.
Na Sexta-feira Santa, é dia santo da parte de manhã, até a hora de almoço. Ao contário do resto do país.
terça-feira, 18 de março de 2008
O Folar
A tradição do folar tem como base todo um ritual de partilha, solidariedade e confraternização, bem enraizado na gastronomia popular que se perde no tempo e profundamente carregado de significado simbólico e religioso.
É também a oferenda aos afilhados pelos padrinhos e dos fiéis ao padre pela época da Páscoa. Existe neste acto uma ligação muito forte entre este e o pão que Jesus repartiu com os discípulos na última ceia. Nalgumas receitas é encimado por um ovo cozido com casca, que representará simbolicamente o renascimento e Ressurreição de Jesus Cristo.
Particularmente no nordeste de Trás-os-Montes em Chaves ou Valpaços o folar é confeccionado à base de massa fofa e recheado com carne de porco, Presunto, Salpicão e Linguiça.
Pode ser considerado um verdadeiro elo de união entre o Terreno e o Divino pela carga simbólica que representa.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/
domingo, 16 de março de 2008
Domingo de Ramos
domingo, 10 de fevereiro de 2008
O entrudo em Trâs-os-Montes
Apesar das influências brasileiras já se fazerem sentir nalgumas comemorações do Carnaval transmontano, ainda há localidades que, nesta quadra, insistem em manter as suas tradições. É o caso de Agarez, em Vila Real, e do Pinhão, em Alijó, onde se faz anualmente o “enterro do Entrudo”.
No entanto, noutras aldeias do distrito, os costumes foram-se perdendo e hoje não são mais que memórias dos mais velhos.
No distrito de Vila Real, não há a tradição dos corsos alegóricos de Carnaval, como acontece noutras zonas do país.
Algumas pequenas localidades da região resistem às influências vindas do Brasil e insistem em manter vivas as suas tradições, como é o caso dos caretos e do “enterro do entrudo”. Assim acontece em Agarez, no concelho de Vila Real, e no Pinhão, em Alijó. Durante a tarde, realiza-se um cortejo, no qual participam quase todos os residentes da localidade. Animados pela música da viola e da concertina, percorrem, a dançar e a cantar, as principais ruas da povoação. Mas é só depois do jantar que a população se reúne novamente, desta vez para o julgamento e o cortejo “fúnebre” do Entrudo. Perante a assistência, é constituído um tribunal, através do qual são apresentadas as sentenças do “defunto”. O padroeiro, porta-voz do Entrudo, apresenta a suas ideias, através das quais tece severas críticas aos poderosos (igreja e políticos) e aos humildes (o povo). Julgado e condenado, o Entrudo é pendurado pelo pescoço, depois de “morto”. Segue-se então o “funeral”. Como num Auto de Fé, um “arcebispo”, um “monge”, um “vigário”, o “padroeiro” e dois “cónegos” seguem atrás do caixão do “defunto” (uma urna com um boneco dentro), que será seguido pelos populares, “sensibilizados” pela “morte” do Entrudo. Este cena representa o fim do Carnaval e o início de “um período de contenção e de preparação para a morte de Cristo”. O escritor e historiador Pires Cabral considera que Agarez e Pinhão representam as únicas tradições carnavalescas que ainda persistem no distrito. Segundo ele, “a realização destes festejos serve de pretexto para as pessoas dizerem aquilo que lhes vai na alma, sem serem condenadas por qualquer tipo de preconceito social”. “É um momento de transgressão à ordem constituída e de pura diversão das populações”, acrescenta.
Tradições perdidas
Se nuns locais a tradição se mantém viva, noutros tem sido difícil preservá-la.
Na aldeia de Águas Santas, em Vila Real, as tradições carnavalescas estão a desaparecer de ano para ano. O padre João Parente recorda que, na sua infância, as mulheres da terra se vestiam de homens. E os homens de mulher. Enfileirados atrás de um burro, os “caretos” percorriam as ruas da aldeia, atirando água e farinha a todos os que aparecessem pela frente. No entanto, esta festa era realizada no domingo que antecedia ao verdadeiro dia de Carnaval, porque terça-feira era dia de trabalho. João Parente recorda ainda que, para além de nesse dia a população “trocar de sexo”, o “rancho era melhorado”, comendo-se vários petiscos à base de carne de porco.
Outra tradição carnavalesca que se perdeu foram os chamados “Bailes da Carolina”. Estes bailes de máscaras, que se realizaram entre o início do século XX e meados da década de 50, no Teatro Circo de Vila Real, reuniam pessoas de todos os estratos sociais, vindas de vários concelhos vizinhos. Os lucros revertiam a favor dos bombeiros voluntários da cidade.Tanto os “Bailes da Carolina” como os caretos de Águas Santas se perderam, devido à emigração e ao envelhecimento da população, e hoje não passam de memórias daqueles que as viveram. O “enterro do Entrudo” em Agarez e no Pinhão vai-se realizando por “carolice”. Mas os habitantes destas localidades garantem que a tradição só deixará de existir se algum dia se quebrar o elo que une as várias gerações, pois os costumes são transmitidos de pais para filhos.
Felipeiros de Tourém
No concelho de Montalegre, é o Carnaval de Tourém que assume características mais tradicionais. Além dos “felipeiros”, rapazes e raparigas vestidos com roupas velhas ou com crossas e com um pano de renda na cara para não serem reconhecidos, o cortejo que percorre as ruas da aldeia é composto por juntas de vacas junguidas e cavalos adornados com coloridas mantas de lã e chocalhos presos ao pescoço.
Fonte: Diário de Trâs-os-Montes.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Euromilhões para GNR 79 militares de Vila Real partilham 800 mil euros
“À partida a gente não acredita. É sempre daquelas surpresas agradáveis, mas é sempre bom receber algum”, disse à SIC o primeiro-sargento David Rebelo.
O prémio mínimo é 5.000 euros. O máximo 25.000. Alguns já têm planos para gastar o dinheiro, outros nem por isso.
Eduardo Simões, outro militar da GNR de Vila Real, disse que graças ao prémio, o carro que comprou “há duas semanas está liquidado”.
Os 800 mil euros são do segundo prémio, mas se tivesse saído o primeiro provavelmente, haveria algumas desistências da carreira militar.
Agora o tempo é de ansiedade. O prémio já foi reclamado mas só virá a partir do dia 12 de Fevereiro. Até lá, e pelo seguro, o boletim do Euromilhões fica guardado no cofre do chefe.
Fonte: SIC
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
domingo, 6 de janeiro de 2008
Dia de Reis
Em muitas aldeias esta tradição mantém-se viva, especialmente no Norte de Portugal. Nesta altura juntam-se os amigos que vão cantar as janeiras a casa dos vizinhos. Antigamente recebiam filhoses, vinho, fumeiro e outros artigos que as pessoas possuíam.
No entanto, cantar as Janeiras ainda se faz um pouco por todo o País. As pessoas visitadas são normalmente muito receptivas aos cantores e aos votos que vêm trazer, dando-lhes algo e desejando a todos um bom ano.
Deixo aqui alguns exemplos de cantigas do dia de reis:
AQUI VIMOS
Aqui vimos, aqui vimosAqui vimos bem sabeisVimos dar as Boas FestasE também cantar os ReisCORONós somos romeiros Ermitas,pastores BISE vimos cantarA mando do Senhor.Se nos quiser dar os ReisNão nos esteja a demorarNós somos de muito longeTemos muito para andarCOROSenhora que está lá dentroÓ linda rosa encarnadaMande a moça à salgadeiraDar janeira avantajadaCORO
Boas noites, meus senhores,Boas noites vimos dar,Vimos pedir as Janeiras,Se no-las quiserem dar.Ano Novo, Ano NovoAno Novo, melhor ano,Vimos cantar as Janeiras,Como é de lei cada ano.Vinde-nos dar as Janeiras,Se no-las houverdes de dar,Somos romeiros de longe,Não podemos cá voltar.
Aqui vimos, aqui vimos Aqui vimos bem sabeisVimos dar as boas festasE também cantar os Reis.Nós somos as criancinhasQue pedimos a cantarPedimos as JaneirinhasE bênção p'ra este lar.Levante-se daí senhoraDesse banco de cortiçaVenha nos dar as JaneirasOu morcela ou chouriça.Levante-se daí senhoraDesse banquinho de prataVenha nos dar as JaneirasQue está um frio que mata.As Janeiras são cantadasDo Natal até aos ReisOlhai lá por vossa casaSe há coisa que nos deis.Boas festas, boas festasEstá a alba a arruçarVenha-nos dar as JaneirasQue temos muito para andar.Obrigado minha senhoraPela sua JaneirinhaP' ro ano cá estaremosNós e mais as criancinhas.Quem diremos nós que vivaNa folhinha da giestaJá lhe cantámos as JaneirasAcabou a nossa festa.